Falta de leitos de UTI e caos nas emergências é destaque no Fantástico

A reportagem "Quase 8 entre 10 cidades brasileiras não têm leitos de UTI", veiculada em 15 de maio, evidenciou cenas de pacientes ventilados manualmente pela falta de equipamentos de ventilação mecânica e leitos de UTI disponíveis. Essa cena infelizmente ainda atual em nosso pais, retrata algo que é descrito na década de 50/60 em países desenvolvidos ou pode ainda acontecer em situações de catástrofes naturais.

Nesse cenário, similar ao de uma casualidade em massa, médicos emergencistas e intensivistas, além de cuidar de pacientes graves sem os recursos adequados, precisam decidir qual paciente terá o direito à próxima vaga disponível em detrimento de outros, estando muitas vezes ainda sujeito a obedecer mandados judiciais os quais são outorgados a alguns desses pacientes, e que não contemplam critérios médicos nessa seleção. A injustiça se perpetua nessa seleção, pois nem todos os cidadãos brasileiros conhecem seus direitos ou sabem onde buscar a justiça.

Para que a UTI possa ter resolutividade, é essencial que haja serviços de suporte como radiologia, serviço de hemodiálise, laboratório, centro cirúrgico, dentre outros, além de equipe multidisciplinar treinada para esses cuidados. Portanto, é importante ressaltar que não é possível ter Unidades de Terapia Intensiva em todas as cidades, mas certamente ter em centros que tenham infraestrutura mínima adequada para instalação da mesma e assim possam ser referência para receber pacientes estabilizados inicialmente em centros menores.

Fonte: Amib